Wednesday, February 17, 2010

I want you!

I want you... to come and help me next saturday!

Pois é, caros amigos. São jovens? Estão cansados da chuva e do frio? Tenho a actividade perfeita para vocês... No próximo sábado, preciso de amigos voluntariosos para me ajudar a abrir as fundações para a pérgola que vou fazer ao lado da casa... Falamos de trabalho duro, daquele se paga com entremeada grelhada e vinho tinto, mata bicho a meio da manhã e conversa da boa por toda a tarde (vá lá, são 6 buraquitos... tem de ficar tudo feito de manhã! Somos meninos ou quê!!).

É exactamente isso que tenho para oferecer! Almoçarada, mata bicho, cocktails e vinhaça, cafézinho e conversa! Em troca, opiniões bem fundamentadas sobre a arte de abrir fundações e, acima de tudo, força bruta para fazer os buracos! Inscrições já abertas e sujeitas à disponibilidade de lugares na mesa. Não hesitem em trazer as conjuges/caras metades e quaisquer amigos com experiência na construção civil!

Friday, January 29, 2010

It's friday

Já nem me lembro da última vez que escrevi aqui.

A vida passa tão rápido, o tempo é tão curto, há tanto para dizer que... que a maior parte das vezes ficamos calados e guardamos para nós o que podíamos partilhar...

Poderia dizer que vou actualizar o blog mais vezes e tentar mantê-lo mais em dia. Mas seria uma mentira, fruto de uma tarde de 6ª feira em que nos tornamos automaticamente mais optimistas e mais predispostos a pensar que everything is possible.

Vou no entanto deixar-vos alguns updates, só para comentarmos da próxima vez que nos encontrarmos. As idas semanais a Barcelona terminaram. Não cheguei a fazer as visitas profundas e detalhadas que deveria ter feito à cidade condal. Estou de novo em Portugal full time, na casa do morcego, promovido e um pouco mais confortável. Também com mais responsabilidades, mas estas coisas costumam andar a par, quando tudo vai bem!

Lá em casa, como dizia o outro, tudo bem! Mais candeeiros (ao fim de 2 anos, está quase tudo montado!), as mesmas almas e os mesmos sonhos. Um cão mais energético e pesado do que há uns tempos atrás, mas também mais adulto e, ocasionalmente, tranquilo! O problema do pesado aflige-me também. As paellas, o jamon iberico, as tapas tiveram o seu custo e o aftershock ainda não está erradicado. A luta pelos kilos a menos é cerrada, mas desleal, uma vez que os petiscos e doçaria são muito mais apetecíveis que os vegetais e afins. Mas lá chegaremos.

Por enquanto, um dia de cada vez. E o próximo é sábado.

Bom fim-de-semana!

Tuesday, March 10, 2009

Ouvido...

... no rádio de um taxi em Barcelona: "Kiss me, oh kiss me" do David Fonseca. Nem sequer é cantado em português, mas chega para fazer as saudades de casa agravarem-se!
Por outro lado, também ouvi "Si io fuora un chico" da Beyoncé... E quem é que diz que depois era capaz de tirar aquele refrão da cabeça?

Tuesday, February 17, 2009

Coming and going


O miserável ritmo de actualizações deve-se a uma crónica escassez de tempo que me tem assolado...


Desde início de Jan que tenho divido as minhas semanas entre a fábrica de Portugal e a de España. Por regra, passo 3 dias na fábrica de Barcelona e 2 dias na fábrica de cá. E assim, e durante a duração da licença de maternidade da minha homóloga espanhola, acumulo as duas funções (mas não ordenados!). Tem sido desgastante, não só pela muito maior dimensão da fábrica catalã, mas também porque se juntam aos requisitos da função a aprendizagem de 2 línguas (castelhano e catalão - e não, falar castelhano não é tão simples como parece) e muito tempo passado longe de casa, em aeroportos, em aviões da TAP e em taxis e afins.


Ah, e para quem quiser saber, Barcelona é muito bonita. Pelo menos o caminho entre a fábrica e o hotel, que é o que tenho visto mais vezes, e até porque não comecei a fazer a visita turística da cidade. Vou continuar neste esquema até Ago/Set, por isso tenho bastante tempo para visitas quando o tempo melhorar...


Un saludo!

Tuesday, January 06, 2009

Mais um para a lista de cães perigosos - Yorkshire Terrier


Não sei bem porquê, mas detecto uma certa tendência para que coisas difíceis de acreditar me aconteçam.

Duvidam? Pois saibam que no dia 30 de Dezembro, enquanto estava pacificamente a aspirar o carro, passa uma senhora de idade a passear um pequeno yorkshire terrier em frente à minha casa (pensando bem, acho que não há yorkshire terriers grandes, mas enfim.). Até aqui, tudo normal. O meu cão, um Labrador que pesa agora cerca de 40kg, mas tem apenas 9 meses e temperamento de cachorro, achou por bem ir-se apresentar e cheirar o traseiro do outro cão - e isto é uma coisa que eu lhe tenho explicado que não aparenta ser recomendável.

É quando o yorkshire vê aquela massa branca, de língua de fora e cauda a abanar, que se passa. Desata a ladrar e tenta fugir da trela, a correr que nem um louco... A senhora em pânico, vai puxando a trela até que o pequeno cão fica suspenso no ar. Eu, ainda tranquilo, saio para ir buscar o meu cão de volta para dentro, e é aí que o drama e o terror começam...

O Yorkshire solta-se da trela e corre para o Labrador, ferrando-lhe uma valente dentada no lombo... O meu cão, idiota, assusta-se com aquele mosquito e tenta fugir, levando o yorkshire meio arrastado, meio pelo ar ainda preso pelos dentes! Eu, para tentar que o cachorro se safe com o mínimo de sequelas psicológicas, emocionais e físicas, tento afastar o yorkshire e, é nesse instante que o sacana me ferra uma dentada abaixo do joelho! (Vejam aqui a ferida, já após 1 semana):







Enquanto isso, a senhora de idade grita e vai pedindo desculpa enquanto vai olhando para aquilo tudo sem se conseguir mexer... Pouco a pouco, começamos a perceber que a senhora está a ficar à beira de um ataque cardíaco... Eu, pelo meu lado, perdi todos os cuidados iniciais com que estava a tentar resolver a situação e passei para uma abordagem mais eficaz, o pontapé de arremesso como forma de manter o yorkshire longe de canelas e lombos; e digo-vos, aqueles cães sabem voar...


O meu labrador, entretanto, e demonstrando alguma esperteza, embora pouca valentia e pouca noção do seu tamanho e do arsenal de dentes que tem na boca, saltou para a bagageira do meu carro, para o onde o yorkshire nunca conseguiria saltar atrás dele. Exausto, e talvez um pouco receoso de mais sopa de biqueira de sapato, o yorkshire também acalmou e fica quieto aos pés da senhora de idade... Esta, em pânico, respira pesadamente e passou de pedir desculpa a pedir ajuda, por não se estar a sentir bem... Resultado, no final disto tudo, ainda tivemos de a acompanhar a casa... E a senhora ainda insistiu em ver a minha perna (para mim, não era preocupação com a dentada, era fetiche!) para se certificar de que eu não precisava de ir ao hospital...


Resumindo e baralhando, depois de tudo terminado e encerrado (à excepção do buraco na minha perna), deixo aqui a minha recomendação às autoridades para que juntem mais uma raça às raças de cães perigosos que têm de andar com açaime: Yorkshire terrier! São pequenos, mas têm dentes como tubarões:





Monday, November 10, 2008

Gone fishin'.

I was promised this:








But I only got this:

Pois é. Este fim-de-semana resolvi aceitar o desafio do Samuel e ir experimentar pesca em mar alto. Na

fotografia de cima podem ver como foi a última vez que ele e os amigos foram à pesca. Impressionante, não é?

Reconheço que a foto me deixou motivado. Ao ponto de me ter levantado às 4h da manhã no domingo para rumar à Ericeira para ir pescar... A companhia era porreira e o barco (o Challenge!) inspirava confiança. Just in case, tomei 2 vomidrines 45 min antes de embarcarmos. Fiquei seguro de que a coisa estava controlada. Enganei-me.

Verdade seja dita, o mar estava um pouco revolto. Nada demais, mas com ondas interessantes. Quando o barco foi colocado na água, e subimos a bordo, achei a coisa mexida, mas tolerável... O pior foi quando rumo ao mar alto, e ao som de We Are The Champions, dos Queen (motivação não faltava naquele barco!), comecei a sentir que cada encontro com a ondulação contribuía mais para que o meu pequeno-almoço se tornasse mais e mais desconfortável no meu estômago... Até ao ponto em que a meio de uma música dos AC/DC não aguentei e confessei as minhas mágoas ao mar... Vomidrine, yeah right...

Depois do "incidente", chamemos-lhe assim, e após o encorajamento da malta ("isso acontece, vais ver que daqui a nada estás fino" - há que salientar que todos foram impecáveis!), pensei que ainda ia passar daquele baptismo de fogo para um dia de pesca em grande... Tomei mais 2 vomidrines (sim, está-se mesmo a ver que isso resultou bem), comi uma bolacha e, entretanto, tinhamos chegado ao nosso destino. Posso dizer-vos que aguardei por este momento com expectativa. O Samuel preparou a cana de pesca e deu-me algumas dicas. Pena mesmo foi na primeira vez que ele me quis mostrar como puxar a linha de volta à superfície, ela ter ficado presa nas rochas e, como consequência a cana ter-se partido... Ok, vocês podem dizer que era um sinal, mas nós somos teimosos!

Com outra cana emprestada, conseguiram enfim mostrar-me como se pesca... Na primeira tentativa, ao trazer a cana para cima, apanhei um pequeno ruivo. Off to a good start, pensei eu! Como estava enganado... Pois nesse momento, o desconforto que estava a sentir desde que tinha visitado o Tio Gregório voltou a subir de tom e ainda nem tinha tido tempo de voltar a colocar isco nos anzóis, já estava novamente a enviar aquilo que seriam os últimos restos do pequeno-almoço para os peixinhos... E desta vez, nem isso ajudou!

Mesmo assim, insisti. Já que estava ali, ia aproveitar. Voltei a mandar a linha lá bem para o fundo. E novo peixe, desta vez um sacaninha vermelhito, mal encarado e com um ar pouco amigável, com espinhos venenosos a sairem-lhe do corpo todo. Good sign? Pois, eu pensei que sim... O que é certo é que o mar voltou a mostrar que não é para todos e eu voltei a curvar-me sobre a amurada, vomitando o que tinha e não tinha no estômago... Ainda esperámos mais um tempo, para ver se me recompunha, mas foi inútil... E ainda por cima, como os peixes não estavam a picar grande coisa, a malta dedicou-se a petiscar croquetes, amendoins, chamuças e afins, agudizando ainda mais a minha triste condição! Por fim, e num gesto de altruísmo, os meus companheiros acabaram por me trazer de volta a terra firme, perdendo assim uma boa 1h30 de caminho (ainda vimos golfinhos no percurso de volta!). Mas sabem, aqui entre nós, só suspirei de alívio quando saí finalmente daquele barco...

O que vos posso dizer é que o meu sistema digestivo ainda não se recompôs do susto. Gosto de pesca, e de mar, mas é seguro dizer que pesaca em alto mar não será para mim... E eu que até tinha começado tão bem, com 2 peixes em duas tentativas... Polvos e navalheiras, ainda não foi desta que se livraram de mim... Pelo menos nas rochas não se enjoa! Coisas que acontecem...

Friday, October 17, 2008

O RAP é que sabe.

Este tipo tem um talento para dizer o que nós sentimos... É fenomenal:
"Quando, no passado domingo, o Ministério das Finanças anunciou que o Governo vai prestar uma garantia de 20 mil milhões de euros aos bancos até ao fim do ano, respirei de alívio. Em tempos de gravíssima crise mundial, devemos ajudar quem mais precisa. E se há alguém que precisa de ajuda são os banqueiros. De acordo com notícias de Agosto deste ano, Portugal foi o país da Zona Euro em que as margens de lucro dos bancos mais aumentaram desde o início da crise. Segundo notícias de Agosto de 2007, os lucros dos quatro maiores bancos privados atingiram 1,137 mil milhões de euros, só no primeiro semestre desse ano, o que representava um aumento de 23% relativamente aos lucros dos mesmos bancos em igual período do ano anterior. Como é que esta gente estava a conseguir fazer face à crise sem a ajuda do Estado é, para mim, um mistério.
A partir de agora, porém, o Governo disponibiliza aos bancos dinheiro dos nossos impostos. Significa isto que eu, como contribuinte, sou fiador do banco que é meu credor. Financio o banco que me financia a mim. Não sei se o leitor está a conseguir captar toda a profundidade deste raciocínio. Eu consegui, mas tive de pensar muito e fiquei com dor de cabeça. Ou muito me engano ou o que se passa é o seguinte: os contribuintes emprestam o seu dinheiro aos bancos sem cobrar nada, e depois os bancos emprestam o mesmo dinheiro aos contribuintes, mas cobrando simpáticas taxas de juro. A troco de apenas algum dinheiro, os bancos emprestam-nos o nosso próprio dinheiro para que possamos fazer com ele o que quisermos. A nobreza desta atitude dos bancos deve ser sublinhada.
Tendo em conta que, depois de anos de lucros colossais, a banca precisa de ajuda, há quem receie que os bancos voltem a não saber gerir este dinheiro garantido pelo Estado. Mas eu sei que as instituições bancárias aprenderam a sua lição e vão aplicar ajuizadamente a ajuda do Governo. Tenho a certeza de que os bancos vão usar pelo menos parte desse dinheiro para devolver aos clientes aqueles arredondamentos que foram fazendo indevidamente no crédito à habitação, por exemplo, e que ascendem a vários milhares de euros no final de cada empréstimo. Essa será, sem dúvida nenhuma, uma prioridade. Vivemos tempos difíceis, e julgo que todos, sem excepção, temos de dar as mãos. Por mim, dou as mãos aos bancos. Assim que eles tirarem as mãos do meu bolso, dou mesmo."
in Visão, "Boca do Inferno", por Ricardo Araújo Pereira